sexta-feira, 16 de abril de 2010
OS QUILOMBOS
No período de escravidão no Brasil (séculos XVII e XVIII), os negros que conseguiam
fugir se refugiavam com outros em igual situação em locais bem escondidos e fortificados no
meio das matas. Estes locais eram conhecidos como quilombos. Nestas comunidades, eles
viviam de acordo com sua cultura africana, plantando e produzindo em comunidade. Na época
colonial, o Brasil chegou a ter centenas destas comunidades espalhadas, principalmente, pelos
atuais estados da Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Alagoas.
Na ocasião em que Pernambuco foi invadida pelos holandeses (1630), muitos dos
senhores de engenho acabaram por abandonar suas terras. Este fato beneficiou a fuga de um
grande número de escravos. Estes, após fugirem, buscaram abrigo no Quilombo dos Palmares,
localizado em Alagoas.
Esse fato propiciou o crescimento do Quilombo dos Palmares. No ano de 1670, este já
abrigava em torno de 50 mil escravos. Estes, também conhecidos como quilombolas,
costumavam pegar alimentos às escondidas das plantações e dos engenhos existentes em regiões
próximas; situação que incomodava os habitantes.
Esta situação fez com que os quilombolas fossem combatidos tanto pelos holandeses
(primeiros a combatê-los) quanto pelo governo de Pernambuco, sendo que este último contou
com os serviços do bandeirante Domingos Jorge Velho.
A luta contra os negros de Palmares durou por volta de cinco anos; contudo, apesar de
todo o empenho e determinação dos negros chefiados por Zumbi, eles, por fim, foram
derrotados.
Os quilombos representaram uma das formas de resistência e combate à escravidão.
Rejeitando a cruel forma de vida, os negros buscavam a liberdade e uma vida com dignidade,
resgatando a cultura e a forma de viver que deixaram na África.
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